sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dupla Victor e Leo traz para o Rio a turnê do show ‘Ao Vivo e Em Cores’


Rio - Por onde passam, Victor e Leo arrastam multidões. Com letras que retratam a emoção típica do sertanejo aliadas a arranjos que remetem a gêneros como o pop e o rock, a dupla é capaz de fazer o público chorar e tirar o pé do chão em um mesmo show.

Tal fórmula fez os irmãos nascidos na pequena Ponte Nova (MG) venderem quase dois milhões de CDs e DVDs, ultrapassarem 90 milhões de visualizações no YouTube, entrarem no mercado internacional com um CD em espanhol e conquistarem territórios onde seu tipo de música não emplacava — o Rio de Janeiro, inclusive. Eles sobem ao palco da Marina da Glória amanhã, às 22h, para um show que promete ser histórico.

Victor e Leo vão premiar os cariocas com os sucessos da turnê ‘Ao Vivo e Em Cores’, cujo DVD homônimo já vendeu mais de 105 mil cópias (Disco de Platina Duplo) e o repertório conta com hits como ‘Borboletas’, ‘Tem Que Ser Você’, ‘Fada’ e ‘Deus e Eu no Sertão’, entre outras.

A produção é digna de grandes shows internacionais, com palco personalizado, um rico jogo de luzes e telão que ‘desenha’ as músicas enquanto a dupla canta. “Desde o primeiro show no Rio, o que falou mais alto foi a vontade de voltar. O carioca compreende nossa linguagem musical e nossa textura artística. É dessa compreensão que surgem e surgirão shows sempre melhores e renovados no Rio”, declara Victor.

Depois do sucesso nas noites de Belo Horizonte e de São Paulo, Victor e Leo tornaram-se fenômenos no interior do país. Tanto que, em 2007, gravaram um DVD em Uberlândia para um público de aproximadamente 30 mil pessoas — o que fez a cidade do Triângulo Mineiro ganhar o coração e se tornar a casa da dupla. A fama se expandiu para todo o Brasil em 2008, quando ‘Tem Que Ser Você’ entrou na trilha sonora da novela ‘A Favorita’, explodiu nas rádios e rendeu prêmios aos irmãos.

Eles ainda emplacaram mais duas músicas em tramas da Globo: ‘Deus e Eu no Sertão’ e ‘Nada Normal’, ambas em ‘Paraíso’. “A questão das canções de novela foi importante. Sempre agregou calor nos nossos shows no Rio de Janeiro”, resume Victor.

Ao mesmo tempo em que viajam Brasil afora com mais de 20 shows por mês, Victor e Leo gravam um novo CD. “Não sabemos ainda quando será lançado, mas estamos trabalhando e o tempo fica cada vez mais curto!”, diz Leo.

MISTURA NA ROÇA

De Alceu a James Taylor, evitando imitações

Acalentados pelo sertanejo regional ouvido na radiola do avô, na cidade mineira de Abre Campo, Victor e Leo conheceram a adolescência ao som de Sérgio Reis e da viola inovadora de Almir Sater. Mas também curtiam rock, blues e a influência ‘folk’ de grandes nomes da música mundial despejados pelo rádio, de James Taylor a Neil Young.

“Escutávamos artistas como Renato Teixeira, Sérgio Reis, Alceu Valença e, junto com eles, Eric Clapton, James Taylor e Dire Straits”, enumera Victor, o compositor da dupla, que há dois anos lidera a arrecadação de direitos autorais no País.

Ao mesmo tempo que exaltam o ‘sertanejo de raiz’ e misturam influências, eles deixam claro que odeiam rótulos. “A gente se inclui no grupo de quem nos escuta. O sertanejo tem vertentes e sofre modificações, mas não há como reclassificá-lo diante de tão rica história”.

E o irmão Leo ressalta: “Mesmo com referências, fugimos ao máximo de imitações”. Para a ‘overdose’ de duplas que seguem a onda do sertanejo universitário, muitas críticas: “Você quase não distingue uma da outra, é muito parecido. Isso é desrespeito com o público e com a música, que deve sair de dentro”, diz Leo.

Fonte:odia.terra.com.br


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